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quinta-feira, janeiro 26, 2012

Leia-me



Quero escrever, quero que as palavras me consumam a mente.
Quero que a minha mente seja consumida crua; nua e crua; nua em pêlo.
Quero que chegue um momento em que não haja mais desejo, não haja mais vontade, não haja mais ser humano, não haja mais eu.
Quero que apenas escrevendo, possa dizer-me por completo.
Quero escrever para deixar de ser ilusão, deixar de ser uma ideia passageira, um sopro de uma brisa no verão do Rio de Janeiro.
Quero que, escrevendo, meus medos, males e modéstias sejam esquecidos, deixados de lado ou então reforçados.
Quero que a vontade exploda pelo meu corpo, e me faça escrever.

Escrever textos, versos, poemas e canções.
Escrever aquilo que a mente anseia, aquilo que a mente teme, aquilo que a mente repugna.
Escrever até a mão cansar, até os olhos se fecharem e até que meu corpo, podre, adormeça.
Quero escrever para que o que eu passei, vivi, pensei que passei e não vivi sejam eternizados.
Não em mim, mas em quem lê.

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