sábado, janeiro 28, 2012
You're so ugly when you cry
Quando você senta na sua cama, com as pernas cruzadas, o cabelo pra trás, e sem maquiagem; pega o seu computador e ajeita no colo, você está linda.
Faz um coque, come um lanche e se suja toda: linda.
Presta atenção na minha voz, me olha no fundo dos olhos, e tudo que eu consigo ver é a pureza da sua alma, a brancura do seu espírito e a solidão do seu ser.
Menina, recomponha-se. Se o amor ainda existisse você não estaria sofrendo. Siga em frente.
Ele fez o maior desperdício da vida dele ao te deixar ir, ao te dar o último e sofrido beijo de adeus. Acho que ele desperdiçou a maior chance que teve. Não corre atrás não, não descruze essas pernas. Pega o seu chá que já está apitando e me olha de novo.
A gente sabe que você consegue, esses olhos castanhos já foram mais alegres.
Então menina, sorria pra mim e deixe que minha mão enxugue essa sua lágrima, você fica feia quando chora. E eu... Eu quero você linda!
quinta-feira, janeiro 26, 2012
Leia-me
Quero escrever, quero que as palavras me consumam a mente.
Quero que a minha mente seja consumida crua; nua e crua; nua em pêlo.
Quero que chegue um momento em que não haja mais desejo, não haja mais vontade, não haja mais ser humano, não haja mais eu.
Quero que apenas escrevendo, possa dizer-me por completo.
Quero escrever para deixar de ser ilusão, deixar de ser uma ideia passageira, um sopro de uma brisa no verão do Rio de Janeiro.
Quero que, escrevendo, meus medos, males e modéstias sejam esquecidos, deixados de lado ou então reforçados.
Quero que a vontade exploda pelo meu corpo, e me faça escrever.
Escrever textos, versos, poemas e canções.
Escrever aquilo que a mente anseia, aquilo que a mente teme, aquilo que a mente repugna.
Escrever até a mão cansar, até os olhos se fecharem e até que meu corpo, podre, adormeça.
Quero escrever para que o que eu passei, vivi, pensei que passei e não vivi sejam eternizados.
Não em mim, mas em quem lê.
domingo, janeiro 15, 2012
terça-feira, janeiro 03, 2012
Tempestade
"Essa chuva é só na minha cabeça"
Estava sentado embaixo da janela, coloquei outra blusa.
-Odeio esse vento frio e cheio de respingos!
O meu quarto estava mais gelado do que de costume. Todo verão fazia um sol, mas hoje estava esse vento com chuva. Decidi olhar para fora da janela e ver a tempestade caindo.
"Essa chuva é só na minha cabeça"
Lá fora estava um sol radiante. Mais amarelo do que nunca. Meus primos apontando para o céu e tentando adivinhar o formatos das nuvens.
-Acho que eu deveria sair.
Mas então um trovão e me abaixo de novo, abraçando os joelhos e tremendo de frio. O que está acontecendo comigo?
"Essa chuva é só na minha cabeça"
Decidi olhar pra fora e como se alguém me empurrasse, eu saio da janela. Meus pés não tocam o chão, passam reto pelo jardim de girassóis da minha avó. Meus dedos dos pés encostando em cada pétala, e a blusa tremendo com a força do vento. Sinto-me livre e quase tão belo como o sol que está batendo. Um vento forte muda a posição dos girassóis.
-Menino sai dessa janela e vem me ajudar a tirar a roupa do varal, num tá vendo a chuva que vai vir?
Tirei minha blusa, de repente, calor.
-Tô indo.
"Esse sol é só na minha cabeça"
Assinar:
Postagens (Atom)