Páginas

sexta-feira, julho 01, 2011



Aquele momento, em que você sabe que aquilo que está próximo é desesperador,
e você teme.
Teme o fato de que a proximidade possa te fazer algum mal, mesmo sabendo que não fará. Que a junção de fatores alterem o resultado e que todo o tempo seja perdido. Seja em vão. O vão que causa toda essa espera, a espera que se aproxima.
Maldita proximidade que interfere no nosso desejo e faz com que as coisas mudem.
Maldito vão em que as coisas e as esperanças e as promessas e os sonhos caem, caem e não voltam.
Maldito seja quem inventou a distância e a proximidade, pois com isso ele criou junto as ilusões e desilusões, as esperanças e enganações, todos os desejos de uma vida e a expressão 'por água abaixo'.
E quando você sente que não há mais nada a ser feito, a proximidade em que as coisas chegam, a velocidade incontrolável que elas avançam, você apenas afrouxa as mãos, sente os ventos em seus cabelos, e cai. Cai no abismo de impossiblidades e inesperanças, onde o vácuo do temor te envolve.

Um comentário: